1914
No dia 14 de março nasce Carolina Maria de Jesus em Sacramento, Minas Gerais;
1921
Estuda somente dois anos no Colégio Espírita Allan Kardec, o primeiro colégio espírita do Brasil;
1923
Carolina e a família mudam-se para Lajeado, Minas Gerais, e trabalham como lavradores;
1927
Carolina Maria de Jesus e a família partem para a cidade de Franca, interior de São Paulo, onde Carolina trabalha como lavradora em uma fazenda e, na cidade, como empregada doméstica;
1928
Carolina e a família deixam Franca-SP e retornam para Sacramento;
1929
Deixam novamente Sacramento-MG com destino a Conquista-MG, para trabalharem em uma fazenda, mas logo retornam para Sacramento;
1930
Carolina vai a pé até Uberaba-MG para cuidar de feridas nas pernas. Sem sucesso, volta para Sacramento para, em seguida, partir para Ribeirão Preto e Orlandia-SP;
1932
Novamente retorna à cidade natal, ainda com feridas nas pernas;
1933
Após serem presas, Carolina e sua mãe, pelo fato de Carolina ler e concluírem que lia para praticar feitiçaria, ela e a mãe voltam para Franca-SP;
1936
A mãe de Carolina retorna para Sacramento e pede para que ela nunca mais volte a Sacramento-MG;
1937
Morre a mãe de Carolina Maria de Jesus e ela parte para a cidade de São Paulo;
1940
Em 25 de fevereiro, a foto de Carolina Maria de Jesus é publicada no jornal Folha da Manhã, ao lado do jornalista Willy Aureli;
1948
Muda-se para a favela do Canindé e nasce o primeiro filho, João José de Jesus, fruto do relacionamento com um marinheiro português, que a abandona;
1950
Nascimento do segundo filho, José Carlos de Jesus, após relacionamento com um espanhol;
Publicação do poema de Carolina Maria de Jesus, em louvor a Getúlio Vargas, no jornal O Defensor, em 17 de Junho.
1953
Nascimento da terceira filha, Vera Eunice de Jesus, após relacionamento com o dono de uma fábrica e comerciante; cuja identidade nunca foi revelada por Carolina;
1955
Em 15 de julho inicia seus registros, em diário, sobre a vida na favela;
1958
É descoberta pelo jovem fotógrafo e repórter Audálio Dantas, na favela do Canindé, e nesse mesmo ano trechos do diário de Carolina foram publicados no jornal Folha da Noite;
1959
A revista O Cruzeiro, onde Audálio Dantas passara a trabalhar, publica trechos dos diários;
1960
O livro contendo os diários de Carolina chamado Quarto de Despejo: diário de uma favelada é lançado com estrondoso sucesso, tendo sua primeira edição com tiragem de dez mil exemplares e na noite de autógrafos foram vendidos 600 exemplares; no primeiro ano, com várias reedições, mais de cem mil exemplares;
1960
Deixa a favela do Canindé e muda-se inicialmente para os fundos da casa de um amigo, em Osasco-SP.
1960
Homenageada pela Academia Paulista de Letras e pela Academia de Letras da Faculdade de Direito de São Paulo;
1961
Lançamento de Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada; não agrada os críticos e a elite da época;
1961
Viaja ao Uruguai, ao Chile e a Argentina (onde é agraciada com a "Orden Caballero Del Tornillo"). Viaja também para várias regiões do Brasil. Na Feira do Livro do Rio de Janeiro desentende-se com Jorge Amado;
1961
Lançamento do Disco Carolina Maria de Jesus – Cantando suas composições;
1963
O livro Provérbios é lançado com edição da própria Carolina; mas sem repercussão;
1963
O romance Pedaços da Fome é lançado com apresentação de Eduardo Oliveira e é recebido com indiferença pela imprensa;
1969
Muda-se para o sonhado sítio em Parelheiros, bairro na periferia de São Paulo, juntamente com os filhos;
1972
Anuncia que escreve O Brasil para os Brasileiros, que é ridicularizado pela imprensa. Posteriormente, parte desse material é editado como Diário de Bitita;
1975
O curta-metragem Despertar de um Sonho (sobre a vida de Carolina Maria de Jesus), produção alemã com direção de Gerson Tavares é proibido de ser exibido no Brasil;
1976
Relançamento no Brasil de Quarto de Despejo, pela Ediouro;
1977
A Scappelli Film Company propõe a realização de um filme a partir de Quarto de Despejo, cuja realização, porém, não se efetiva;
1977
Carolina Maria de Jesus morre aos 63 anos no dia 13 de fevereiro vitimada por uma crise de asma, em Parelheiros – SP;
1986
Lançamento de Diário de Bitita, publicação póstuma;
1982
A Rede Globo de Televisão produz o documentário Caso Verdade: De catadora de papel a escritora famosa;
1991
Karen Brown faz o roteiro Passion Flower: The Story of Carolina Maria de Jesus para um documentário sobre Carolilina Maria de Jesus, em Los Angeles;
1994
Os professores José Carlos Sebe Bom Meihy e Robert M. Levine escrevem o livro Cinderela Negra: A Saga de Carolina Maria de Jesus, despertando a mídia novamente sobre a vida e obra de Carolina;
1995
Os mesmos professores lançam The Life and Death of Carolina Maria de Jesus nos Estados Unidos;
1996
Meihy e Levine organizam o material deixado por Carolina e publicam Meu Estranho Diário e Antologia Pessoal;
2004
Em comemoração ao Ano Nacional da Mulher, por iniciativa do Senado, a Coordenação da Mulher da Cidade de São Paulo lança o Calendário "Mulheres que estão no mapa", com homenagem a Carolina Maria de Jesus exposta no mês de novembro;
2004
Inauguração da Rua Carolina Maria de Jesus, no bairro de Sapopemba;
2005
Inaugurada a Biblioteca Carolina Maria de Jesus no Museu Afro-Brasil no Parque Ibirapuera em São Paulo-SP;
2007
Lançamento da segunda edição de Diário de Bitita, edição de Carlos Alberto Cerchi e Alessandro Abdala, editora Bertolucci, Sacramento-MG.
2009
Joel Rufino dos Santos escreve o livro Carolina Maria de Jesus – Uma Escritora Improvável, editora Garamond;
2012
Lançamento do livro Carolina Maria de Jesus: o estranho diário de uma escritora vira lata, da autoria de Germana Henriques Pereira de Sousa, editora Horizonte;
2014
Novo livro sobre a autora escrito por Elzira Divina Perpétua, A vida escrita de Carolina Maria de Jesus, editora Nandyala.
CAROLINA MARIA DE JESUS
CRONOLOGIA BIOGRÁFICA
Por Elizabeth Barboza Pereira